Tiquira em Mação
A Tiquira é uma aguardente típica do Maranhão, ela é considerada por alguns como a unica bebida genuinamente brasileira, pois diferente da cachaça que tem como matéria prima a cana (que foi trazida trazida ao Brasil), ela é feita a partir da sacarificação e fermentação da MANDIOCA que é nativa de nossas terras, mas ambas usam o processo de destilação trazido pelos colonizadores.
Sua origem é dada nas tribos indígenas locais que utilizavam a bebida em festejos e rituais, mas, sabe-se que o processo de destilação só chegou em nossas terras com os europeus, assim, permitindo apenas a existência de alguma bebida usando a mesma matéria e processo apenas semelhante.
Hoje ela é produzida em diversos municípios do Estado, o maior produtor é o povoado de Mamede, em Barreirinhas, que ainda a fabrica da forma original: incolor. Posteriormente alguns produtores adicionaram folhas de tanja durante o processo de destilação, dando uma cor lilás que tende a clarear com o tempo, mas, também é comum encontrá-la em uma cor vívida de violeta (azul-arroxeado) devido a adição de Cristal Violeta, um corante com propriedades anti sépticas e não permite alterações significativas na cor.
Segundo o escritor Gonçalves Lima, a palavra Tiquira é originária da palavra Tupi Tikira que significa líquido que goteja, que pinga do alambique. Teria a sua origem entre os índios da Amazônia, tendo sido adotoda pelos habitantes do Maranhão como a sua bebida típica. Entre as bebidas destiladas da mandioca, apenas a Tiquira tem legislação específica.
Como é Feita:
A fabricação tem início com a limpeza e retirada da parte tóxica da raiz, isso mesmo, a mandioca é uma "versão" venenosa da conhecida Macaxeira. Ela é prensada e colocada sobre uma chapa aquecida em forma de bolos com 30cm de diâmetro, conhecidos como "beijus", até ter a parte interna ser cozida.
Após o resfriamento à temperatura ambiente, os beijus ficam expostos ao ar por até duas semanas onde ocorre a proliferação espontânea dos esporos dos fungos do ambiente(início da fermentação). É criada sobre os beijus uma flora de micélios, de cor rosada, nesta etapa ocorre a sacarificação. Em seguida ela é posta em um cocho (tronco de árvore com escavado) sobreposto com água. Em 24h pode-se encontrar uma massa de pouca resistência e xaroposa, deve ser mexida e posta para descanso por mais dois dias concluindo o processo de fermentação alcoólica, onde ocorre a transformação dos açúcares fermentescíveis do caldo em álcool, pela ação das leveduras que se desenvolvem no próprio ambiente da produção. Ela atinge de 38° a 54° GL.
Após esta etapa o mosto é destilado em alambiques de barro ou de cobre, ao fim de todo o processo resultam 15 a 20 litros de extrato concentrado, que fornece matéria para até 100 litros do produto final.
Cuidado com ela:
A Tiquira é bebida para poucos, possui teor alcoólico bastante elevado, tem sabor ácido e levemente adocicado. Aos menos acostumados com bebidas quentes, esta vai descer fervendo!
Conta-se no Maranhão uma lenda que não se deve tomar banho ou sequer molhar os pés após beber esta pinga, sob risco de forte mal estar e até a morte! O mais antigos sempre contam algumas estórias trágicas sobre o fato. Eu preferi não arriscar, se você quiser testar volte aqui para me contar, caso não volte, eu já sei a resposta...
Sua origem é dada nas tribos indígenas locais que utilizavam a bebida em festejos e rituais, mas, sabe-se que o processo de destilação só chegou em nossas terras com os europeus, assim, permitindo apenas a existência de alguma bebida usando a mesma matéria e processo apenas semelhante.
Hoje ela é produzida em diversos municípios do Estado, o maior produtor é o povoado de Mamede, em Barreirinhas, que ainda a fabrica da forma original: incolor. Posteriormente alguns produtores adicionaram folhas de tanja durante o processo de destilação, dando uma cor lilás que tende a clarear com o tempo, mas, também é comum encontrá-la em uma cor vívida de violeta (azul-arroxeado) devido a adição de Cristal Violeta, um corante com propriedades anti sépticas e não permite alterações significativas na cor.
Segundo o escritor Gonçalves Lima, a palavra Tiquira é originária da palavra Tupi Tikira que significa líquido que goteja, que pinga do alambique. Teria a sua origem entre os índios da Amazônia, tendo sido adotoda pelos habitantes do Maranhão como a sua bebida típica. Entre as bebidas destiladas da mandioca, apenas a Tiquira tem legislação específica.
Como é Feita:
A fabricação tem início com a limpeza e retirada da parte tóxica da raiz, isso mesmo, a mandioca é uma "versão" venenosa da conhecida Macaxeira. Ela é prensada e colocada sobre uma chapa aquecida em forma de bolos com 30cm de diâmetro, conhecidos como "beijus", até ter a parte interna ser cozida.
Após o resfriamento à temperatura ambiente, os beijus ficam expostos ao ar por até duas semanas onde ocorre a proliferação espontânea dos esporos dos fungos do ambiente(início da fermentação). É criada sobre os beijus uma flora de micélios, de cor rosada, nesta etapa ocorre a sacarificação. Em seguida ela é posta em um cocho (tronco de árvore com escavado) sobreposto com água. Em 24h pode-se encontrar uma massa de pouca resistência e xaroposa, deve ser mexida e posta para descanso por mais dois dias concluindo o processo de fermentação alcoólica, onde ocorre a transformação dos açúcares fermentescíveis do caldo em álcool, pela ação das leveduras que se desenvolvem no próprio ambiente da produção. Ela atinge de 38° a 54° GL.
Após esta etapa o mosto é destilado em alambiques de barro ou de cobre, ao fim de todo o processo resultam 15 a 20 litros de extrato concentrado, que fornece matéria para até 100 litros do produto final.
Cuidado com ela:
A Tiquira é bebida para poucos, possui teor alcoólico bastante elevado, tem sabor ácido e levemente adocicado. Aos menos acostumados com bebidas quentes, esta vai descer fervendo!
Conta-se no Maranhão uma lenda que não se deve tomar banho ou sequer molhar os pés após beber esta pinga, sob risco de forte mal estar e até a morte! O mais antigos sempre contam algumas estórias trágicas sobre o fato. Eu preferi não arriscar, se você quiser testar volte aqui para me contar, caso não volte, eu já sei a resposta...
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